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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Apenas Permita-me



Permita-me reviver o que nunca aconteceu
Reviver cada amor não perdido
Cada dor não sentida,
Cada alegria não acontecida.
Quero reviver a  nossa morte
Quero reviver a lembrança que não tivemos
Quero reviver primeiro beijo que nunca acontecera
Que nos dias mais amargos de minha vida,
Possa eu lembrar-me do sabor inexistente de seus lábios
Possa eu lembrar-me do calor gélido de sua pele
E lembrar-me também de suas palavras nunca antes, sussurradas aos meus ouvidos.
Permita-me morrer mais uma vez por ti em nome do amor
Permita-me nascer mais uma vez por ti em nome da amizade
Permita-me viver mais uma vez contigo em nossos nomes
Permita-me viver o que outrora, nunca acontecera
Permita-te ver me, assim como vejo-lhe
Permita-nos tocar-nos mais uma vez, e lembrar do nunca acontecido toque de amor e luxúria
Lembra-te de mim, com força chamo o teu nome
Esqueça-te da parte de que nada vivemos, isso é passado, tudo podemos viver.
Apenas abra-te a tudo, abra-te a nós, abra-te a mim e permita-me adentrar o seu mais íntimo mais uma vez
Pela primeira vez
Pela eternidade.
Lembra-te dos fogos de artifícios explodindo dentro de ambos enquanto nos beijamos
Lembra-te da primeira vez... Quando ela acontecer.
Esqueça-te de todo o passado e lembre-se do futuro
Presente agora é passado que outrora, fora futuro
Assim como essas palavras que escrevi a ti
Que vem do futuro,
Porém essas palavras vem do passado
De um coração que lhe busca
De uma alma que lhe anseia
De um espírito que almeja pelo reencontro
Aguardo-te desde o dia que nascemos
Esperando pelo nosso reencontro
Momentâneo, passado e eterno...

Aros Semen Amores / Bruno Marques Borges da Silva

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